Em 2013, numa conjuntura de vontades e interesses, duas pessoas com trabalho em curso no interior do Algarve, mais precisamente na freguesia do Ameixial (Loulé), lançaram a ideia de realizar um festival de caminhadas à Câmara Municipal de Loulé e à Junta de Freguesia local. O objecto era – e ainda é – o de revelar a riqueza natural e cultural deste território, contribuir para a dinamização da economia local, sensibilizar para a sua valorização sustentável, neste caso através do ecoturismo e do turismo cultural.
A ideia do Walking Festival Ameixial (WFA)/Festival de Caminhadas do Ameixial ganhou de imediato o apoio das referidas entidades, da população de Ameixial e de muitas pessoas que desde então nunca mais pararam de ajudar o festival e de visitar anualmente esta freguesia.
O festival de caminhadas inspirou-se no conceito dos “Walking Festivals” que ocorrem noutros países e tem como princípios base: juntar amigos num determinado território para fazerem caminhadas, dar a conhecer os valores da região, apoiar a economia local, e sensibilizar as comunidades e as entidades para a salvaguarda do património e para o desenvolvimento de práticas ambientalmente sustentáveis e valorizadoras para o território.
A singularidade específica da escrita do Sudoeste, algo muito localizado neste território Serra, foi a escolha consensual para a identidade do festival. Esta forma de escrita milenar é assim o elemento especial que diferencia este festival dos demais. Por esse motivo, acompanha-nos em todas as edições do Walking Festival Ameixial e transporta-nos para um território rico em elementos patrimoniais únicos.
O primeiro evento, em 2014, foi um sucesso e acolheu largas dezenas de participantes de todo Algarve e outras partes do país. Desde então tem vindo a crescer e a ganhar notoriedade regional e nacional.
A Vila a história e as tradições
De 26 a 28 de Abril voltamos ao Ameixial com muitas actividades animação
Durante o festival promovem-se dezenas de caminhadas e actividades de observação e explicação da fauna e da flora espalhadas pela freguesia de Ameixial.
O festival tem um importante contributo na sensibilização ambiental dos participantes sobre a Serra do Caldeirão, sobre os seus valores biológicos e culturais, e porque todos anos promove acções práticas de conservação da natureza.
No festival também se fazem actividades de contemplação e interpretação do património cultural arqueológico, etnográfico e arquitectónio, com destaque para a escrita do Sudoeste, elemento identitário deste evento desde o seu inicio.
A essência deste festival é precisamente a de revelar os segredos e os valores deste belo território, de assim se sensibilizar para um desenvolvimento sustentável.
Além de se promover um conjunto de actividades de grande qualidade para quem nos visita, envolvemos a comunidade residente de Ameixial no evento, apoiamos as suas actividades, geramos receitas aos negócios locais e ajudamos a valorizar o seu conhecimento do território e das práticas tradicionais.
Este festival é para todos, mesmo aqueles com limitações de mobilidade e constrangimentos sensoriais. O usufruto da natureza e da cultura é um direito precioso que deve estar ao alcance de todo ser humano, independentemente da idade, cor da pele, sexo, religião ou limitações físicas. Neste evento trabalhamos no sentido de o tornar o mais universal possível
Desde 2015 a promoção e organização do WFA está a cargo da QRER (Cooperativa para o Desenvolvimento dos Territórios de Baixa Densidade), organização da qual a equipa original do festival faz parte. Através desta cooperativa, a capacidade operacional e organizativa viram-se reforçadas com a participação de outros companheiros e novos apoios, nomeadamente da Região de Turismo do Algarve.
A partir de 2014, após o sucesso da 1ª edição, o WFA viu surgirem outros eventos similares. Nesse mesmo ano, Alcoutim promove o seu 1º festival e em 2015 Pampilhosa da Serra inicia também os seus eventos. Em 2018, numa iniciativa pioneira no Algarve (e em Portugal), juntámo-nos com o Município de Alcoutim e com a Associação Almargem, criando a marca Algarve Walking Season, com o objectivo de promover a articulação entre festivais. Nesse mesmo ano, realizou-se uma nova edição do “Festival de caminhadas de Alcoutim e Sanlúcar de Guadiana” no sotavento, e de forma a chegar ao barlavento Algarvio, a Almargem inicia o 1º festival de caminhadas “Barão de São João – Walk & Art Fest”. Nasceu, assim, o AWS, projecto coordenado pela QRER, com o apoio da Região de Turismo do Algarve, que ainda hoje se mantém em actividade. Em 2021 juntou-se um novo festival ao AWS, o “Festival de Caminhadas de Monchique“.
Hoje o WFA não está isolado. Insere-se numa pequena rede de outros eventos similares que procuram igualmente promover e apoiar o desenvolvimento sustentado do interior algarvio. Além de haver um esforço conjunto de promoção dos eventos, há articulação de datas, actividades e uma relação de entre-ajuda na melhor concretização dos eventos.
Durante a Idade do Ferro, a Península Ibérica é palco de grandes inovações tecnológicas e transformações culturais associadas aos contactos comerciais, realizados por mar, com os povos do Mediterrâneo.
Há mais de 2500 anos atrás, no Sul de Portugal e na Andaluzia, as comunidades humanas transformaram e adaptaram o alfabeto fenício para criar uma escrita própria à sua língua: a escrita do Sudoeste.
Concentrada na serra entre o Algarve e o Baixo Alentejo, esta escrita aparece em blocos de pedra que se fixavam no solo (estelas), e era escrita em arco, de baixo para cima e da direita para a esquerda. Conta com 27 signos, entre vogais, consoantes e caracteres silábicos, alguns com equivalências a algumas letras do nosso alfabeto. Ainda assim, a escrita do Sudoeste continua indecifrável e misteriosa.
Desde a descoberta da primeira estela com escrita do Sudoeste, em 1897, até aos nossos dias são conhecidas 15 estelas com escrita do Sudoeste no concelho de Loulé divididas em dois conjuntos: o de Benafim/Salir e o de Ameixial.
A escrita do Sudoeste é a voz que nos aproxima dos pensamentos e modos de vida do passado. Um dos mistérios e um dos maiores tesouros da arqueologia europeia; uma realidade arqueológica de cariz excepcional; uma imagem de marca desta serra e um símbolo privilegiado da herança histórica do Algarve. Ela é, afinal, a primeira manifestação de escrita da Península Ibérica e está ainda hoje por decifrar.
O aspirante Geoparque Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira pretende valorizar e promover todo um território e o património local e regional a nível internacional, contribuindo em particular para o estudo e a preservação do património geológico e cultural existente.
Assente na criação de conhecimento científico e educativo pretende ainda contribuir para o aumento do sentimento de orgulho e pertença dos habitantes deste espaço; fortalecer a identidade do território; potenciar a criação de iniciativas locais e inovadoras dinamizadoras da economia local; desenvolver novas fontes de receita geradas através de atividades de animação turística; bem como proporcionar um desenvolvimento socioeconómico e sustentável; incentivar a fixação de pessoas; e fomentar a promoção da sua qualidade de vida.
É nesta estratégia para uma maior coesão social e territorial dos concelhos de Loulé, Silves e Albufeira que estão previstas um conjunto de políticas e iniciativas de educação e sensibilização ambiental e de atividades de geoturismo, onde também se integra o Walking Festival Ameixial.
Em parceria com a empresa DOMO CAMP, este ano teremos à disposição a “Glamping Village”. Estarão montadas tendas, localizadas num local reservado e exclusivo, construídas com o máximo conforto, com camas “verdadeiras”, com colchões adequados e roupa de cama, candeeiros, ventoinha, geleira e decoradas com bom gosto e acesso a balneários dedicados.
Nunca soube tão bem acampar*!
*Estará disponível o parque de auto-caravanas com acesso a balneário para campismo e caravanismo.
Existem 4 percursos pedestres marcados e permanência para que possa descobrir o Ameixial.
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